O XRP foi criado em 2012 para encurtar o caminho no sistema financeiro. A ideia era simples: fazer o dinheiro se mover de um lugar para outro rapidamente, sem precisar de bancos caros e lentos. Agora, em 2025, mais de dez anos depois, a moeda ainda está ativa e tem um papel único. Ela não compete com o dólar, mas atua como uma conexão que ajuda nas transações internacionais.
Muita gente observa o preço do xrp dolar para saber quanto custa enviar, receber ou resolver negócios. Isso não interessa apenas a investidores. Também é útil para empresas médias, exportadores que lidam com dólares e até novas empresas nos setores digitais, como jogos e serviços online.
De pioneiro a desafios legais
Nos primeiros anos, o XRP era considerado uma ideia ousada. Enquanto o bitcoin buscava total liberdade, a Ripple escolheu se aproximar de bancos e empresas de pagamento. Essa escolha gerou opiniões diferentes, mas também abriu oportunidades no mercado financeiro.
Em 2020, a moeda enfrentou problemas quando a SEC, o órgão que regula o mercado nos EUA, acusou a Ripple de vender ativos que não estavam registrados. Depois de anos de batalha legal, em 2023, eles chegaram a um acordo. Isso foi muito importante: o XRP voltou a ser listado em grandes corretoras e reconquistou parte de sua reputação no mundo financeiro.
Empresas e pagamentos internacionais
O uso do XRP por empresas ganhou força especialmente onde o dólar é forte: no comércio internacional. Negócios que importam e exportam produtos usam essa moeda para economizar nas taxas.
Por exemplo, um vendedor de café em Minas Gerais que recebe dinheiro em dólares de clientes nos Estados Unidos pode trocar uma parte por XRP e completar transações quase na hora. Isso ajuda a reduzir custos e a evitar atrasos que, em contratos internacionais, podem resultar em multas ou perda de confiança.
Isso não é apenas conversa. Bancos menores e empresas financeiras na Ásia e na América Latina já estão testando o uso do XRP como uma alternativa ao sistema SWIFT. O objetivo é claro: rapidez.
Brasil e a nova fase do mercado cripto
O Brasil está entre os países que mais usam ativos digitais no mundo. Uma pesquisa publicada pela Reuters em 2024 mostrou que o país já está entre os dez primeiros em adoção, com milhões de usuários ativos em várias plataformas. Esses números mostram tanto o interesse por investimentos quanto o uso prático em pagamentos e liquidações.
O Banco Central também está prestando atenção. Desde 2023, com a Lei 14.478 em funcionamento, o setor começou a atuar de forma regulada. As exchanges precisam se registrar e seguir regras rigorosas. Essa mudança deu mais credibilidade ao uso de criptomoedas no Brasil, incluindo o XRP.
Questões de regulamentação
A regulação não resolve todos os problemas, mas ajuda a criar um cenário mais estável. No Brasil, as leis foram criadas para combater crimes financeiros e aumentar a clareza. Na Europa, a regra chamada MiCA começou a ser aplicada em 2024. Nos Estados Unidos, o acordo legal envolvendo a Ripple fez com que o XRP voltasse a ser usado nas principais plataformas.
Esses três eventos — Brasil, União Europeia e EUA — estão moldando o mercado global de moedas. As empresas que antes tinham medo de usar o token agora se sentem mais seguras quanto à legalidade.
Exemplos práticos no dia a dia
Casos reais mostram como isso funciona na prática. Uma empresa brasileira de jogos que recebe pagamentos de jogadores na Europa pode usar XRP para pagar taxas reduzidas e receber dinheiro em segundos. Uma organização não governamental que trabalha na Amazônia e recebe doações de fora pode usar mais dinheiro para seus projetos ao invés de perder parte desse valor com taxas bancárias.
Até trabalhadores autônomos se beneficiam disso. Um arquiteto no Rio que dá consultoria para clientes em Portugal pode ser pago em XRP, trocar por reais e ter o dinheiro disponível no mesmo dia.
Esses exemplos mostram que o token não quer substituir o dólar, mas pode ser um suporte. Enquanto o dólar continua sendo a moeda usada em todo o mundo, o XRP oferece opções mais rápidas e baratas, com menos complicações.
Perspectiva em 2025
O futuro das finanças digitais é difícil de prever, mas a função útil do XRP é evidente. Ele não é o “novo dólar”. Nunca foi. Mas é uma ferramenta de pagamento que pode se tornar ainda mais importante com os bancos centrais criando suas próprias moedas digitais.
No final das contas, o XRP superou críticas, processos legais e alterações nas regras. Em 2025, continua sendo usado em áreas específicas — e é exatamente aí que ele se destaca: ajudando quem precisa de rapidez em um sistema que ainda é muito lento.